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Gameterapia à serviço de pessoas com Down
A Faculdade Mauricio de Nassau de Natal, pertencente ao Grupo Ser Educacional, elaborou um projeto que beneficia pessoas de síndrome de Down, em parceria com as ex-alunas da instituição Suzane Alves e Dalvanice Herculano. Formadas em Fisioterapia, elas abordaram o uso da gameterapia (tipo de fisioterapia que utiliza vídeo game) em pacientes que necessitavam de uma maior movimentação motora no seu trabalho de conclusão de curso (TCC).
O estudo foi visto com bons olhos pela NASSAU e através da coordenadora da clínica escola de fisioterapia, Danielle de Almeida, surgiu o convite para Suzane e Dalvanice se tornassem colaboradoras na construção deste atendimento dentro da clínica escola. O projeto, que utiliza o vídeo game Xbox-360 e o sensor Kinect (reproduz em tempo real os movimentos do jogador), é pioneiro no Brasil e já está colhendo frutos com apenas um mês de existência.
“Nosso principal objetivo é melhorar a qualidade de vida destes pacientes, demonstrando e comprovando a existência de mais um recurso que pode e deve ser utilizado pela fisioterapia”, afirmou a ex-aluna Suzane.
Para fazer parte deste atendimento, os pacientes devem ter entre sete e 18 anos, com um nível mínimo de desenvolvimento motor para a jogabilidade e cognição compatível com a compreensão dos comandos verbais e exigências do jogo. Após esta primeira fase, seguem para uma avaliação que elabora um diagnóstico cineticofuncional (diagnóstico fisioterapêutico). Passando pela triagem, começam a ser atendidos duas vezes por semana utilizando unicamente a gameterapia.
Cada aluno tem seu próprio prontuário, onde são registrados a evolução em cada sessão. Este acompanhamento é realizado por fisioterapeutas colaboradores, alunos de fisioterapia e supervisionado pelas professoras Danielle e Renata.
“Através do videogame, dentro de um ambiente de recreação, as pessoas com Down trabalham força, equilíbrio, postura e socialização. E os resultados são satisfatórios com uma melhora na socialização e postura”, disse Danielle de Almeida.
O trabalho tem como parceira a Associação de Síndrome de Down do Rio Grande do Norte e tem como proposta aumentar o número de parceiros buscando outras ONGs ligadas as pessoas com deficiência.
“Este projeto é mais uma opção de oferecer oportunidade a estes pacientes de não só melhorar a qualidade de vida deles, como também de ajudar no desenvolvimento e socialização. E também despertar o olhar para novos recursos fisioterapêuticos”, concluiu a professora.